Trabalho de parto: quais são os sinais e o que fazer quando ele começar?

Depois de nove meses, finalmente chegou a hora tão esperada! Veja como estar preparada

 

Você levanta da cama e lá vem aquele aguaceiro, perna abaixo. Ou então, sente a barriga contrair, em intervalos cada vez menores. Esses são sinais típicos do início do trabalho de parto. Sim, falta pouco para seu bebê vir ao mundo!

Embora não aconteça com todas as gestantes, algumas recebem uma espécie de aviso de que esse momento se aproxima, até 15 dias antes. É a perda do tampão mucoso, um muco consistente, amarelado, que pode vir com um pouco de sangue. Ele veda a comunicação entre o meio externo e o útero, barrando bactérias. Se isso ocorrer, avise o obstetra.

Enquanto você ainda espera por esse momento e segura a ansiedade, saiba o que fazer na hora H:

LÁ VEM A DOR…

A partir da 36ª ou 37ª semana, a mulher já pode esperar as contrações, que são recorrentes durante dias ou semanas. É bom avisar o obstetra desde o início. Elas devem começar com um intervalo de três horas, mas ainda não é trabalho de parto real – ele só é considerado efetivo quando a gestante tem cerca de três contrações a cada dez minutos ou dilatação de três centímetros. Ou seja, quando o tempo entre um espasmo e outro for de três a cinco minutos, é hora de ir para a maternidade. Essas contrações diferem das de treinamento por serem ritmadas e dolorosas – o desconforto se assemelha ao de uma cólica renal ou uma dor de barriga forte, que começa nas costas e termina na frente. Cada uma dura de 30 a 40 segundos.

p (Foto: Paola Saliby)

…E A DILATAÇÃO

As contrações provocam a dilatação, mas pode acontecer de a barriga contrair sem a gestante sentir dor e, portanto, não perceber que está dilatando. No trabalho de parto, espera-se que a dilatação evolua 1 cm por hora, até chegar a 10 cm.

MUITA CALMA

Não é preciso sair correndo, salvo em caso de sangramento ou falta de movimentação do bebê por mais de duas horas. Enquanto as contrações estão espaçadas, a mulher pode tomar banho, comer, movimentar-se e até dormir. Ela só não deve caminhar sozinha, pois pode cair durante uma contração, por conta da dor.

E a bolsa?
Na maioria dos casos, a bolsa estoura depois das contrações e da dilatação começarem.
Quando isso ocorre, um líquido quente, em grande volume (de 700 ml a 1 litro), escorre pelas pernas. Algumas pessoas comparam seu odor ao de água sanitária. A partir daí, as contrações tendem a se intensificar – porém, nos partos prematuros, ela pode se romper antes das contrações. É bom saber que nem sempre ela sofre ruptura, cabendo ao médico rompê-la.

p (Foto: Paola Saliby)

A RECEPÇÃO

Ao chegar à maternidade, normalmente, a gestante é recebida por um plantonista e por uma enfermeira obstétrica. Após a avaliação, o médico é contatado.

Avaliação clínica
São avaliados os batimentos cardíacos da gestante, a marcação das contrações e é feito o exame de toque, para checar a dilatação. O procedimento vai sendo repetido conforme o parto se aproxima.

Exames
Cardiotocografia e ultrassom são exames que ajudam o médico a verificar o bem-estar do feto no trabalho de parto, quando julgar necessário.

p (Foto: Paola Saliby)

A ESPERA

O local em que a gestante aguarda até o momento do nascimento também varia. Ela pode ficar  em um quarto pré-parto (às vezes, com chuveiro e banheira) para, na hora H, ser encaminhada  ao centro obstétrico. Há apartamentos que já têm os equipamentos para que o bebê nasça ali  mesmo. Ou a mulher espera em uma espécie de enfermaria – uma sala com diversas camas. O trabalho de parto leva, em média, de dez a 15 horas.

Analgesia
Ela ajuda a atenuar a dor, sem comprometer a evolução do trabalho de parto, e é aplicada se a paciente quiser. Porém, não é aconselhável administrá-la logo de cara, pois convém que a  mulher sinta algumas contrações para entender como deverá fazer força na hora de dar à luz.  De 20 a 30 minutos depois da aplicação, já é permitido ingerir alimentos leves e se movimentar.

Pequeno Cidadão (Foto: Paola Saliby)

BEBÊ A CAMINHO

Quando a dilatação chegar a 10 cm, é hora de fazer força em sincronia com as contrações. A  partir daí, alguns médicos consideram que o prazo máximo seguro para o nascimento seja de  40 minutos, enquanto outros esperam até  duas horas. Se o bebê não nascer, o obstetra poderá  tentar a indução com o hormônio ocitocina, o uso de fórceps ou, se necessário, a  cesárea.

p (Foto: Paola Saliby)

POR FIM

Em geral, a placenta é eliminada entre dez e 15 minutos após o parto. Se isso não acontecerem até 20 minutos, o médico deverá retirá-la. Caso a mulher seja submetida a uma cesárea,  precisará ficarem uma sala de recuperação até passar o efeito da anestesia. O ideal é que o  bebê seja colocado em contato pele a pele com a mãe e que o aleitamento aconteça na primeira hora de vida.

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/

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